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Crítica | Eles Vivem (1988)

Atualizado: 19 de mai. de 2020


O filme “Eles vivem” de John Carpenter, evidencia uma trama pautada em críticas políticas – sociais através de uma narrativa de ficção científica. O longa metragem de 1988, segue o isolado John Nada em sua busca por um emprego na cidade grande, que acaba levando-o à parte mais marginalizada da mesma. Dessa forma, a aventura central é desenvolvida quando o protagonista encontra óculos escuros que o permite enxergar que alienígenas ocupam as camadas mais altas da sociedade. A introdução já é responsável por sustentar as ideias centrais da obra. O personagem principal está sempre sozinho em planos abertos, mostrando o isolamento daqueles que pertencem às classes sociais mais baixas. Além disso, Carpenter foca diversas vezes em televisões com propagandas, que reforçam os esteriótipos norte-americanos e mostram a manipulação de massas por meio da mídia, metaforizando e usando de metalinguagem para mostrar que nós também enxergamos através de lentes. Sendo assim, a partir do momento que John Nada coloca os óculos escuros, além das máscaras dos alienígenas caírem, diversas frases são destacadas, como: “obedeça”, “durma” e “assista TV”. Reforçando, dessa maneira, a alienação, o poder das forças estatais e as diversas implicações sociais que surgem disso. Por conseguinte, “ Eles vivem” é uma ficção científica que foge dos esteriótipos de gênero ao trazer um discurso crítico sobre a relação entre sociedade, política e mídia usando como artifício os alienígenas. Portanto, é necessário, além dos óculos escuros, todos terem “ mão na consciência” para enxergarmos o que está diante de nós.

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