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Resenha Crítica | Darkened Room (curta - metragem)


O curta metragem “Darkened Room” de David Lynch, apresenta em tela três diferentes mulheres sem conexão lógica entre si. Uma mulher japonesa é responsável por apresentar ao expectador sua “amiga”, uma mulher loira chorando sozinha em um quarto escuro, quando uma terceira mulher entra e começa à questiona – la. O enredo central do filme é pautado pelo mistério que move a narrativa, não sabemos quem são os personagens apresentados e nem porque a mulher central chora, tornando o curta confuso e de difícil entendimento, podendo afastar o expectador por conta de sua complexidade. Dessa forma, a interpretação do filme pode partir de diversos sentidos, podendo ser visto como uma complexidade existencial, ou um nível extremo de solidão e até mesmo “bananas”, como o próprio diretor define o contexto do filme. Sendo assim, o filme extrai o belo do absurdo, criando um novo olhar à cinematografia, comparando-se ao dadaísmo. Além disso, “Darkened Room” possui também características surrealistas ao não preocupar-se com a construção de sentidos inteligíveis, tendo o subjetivo e o inconsciente como principal artifício narrativo. Por conseguinte, o filme de Lynch é desconfortável e desconexo, de tamanha subjetividade e ambiguidade interpretativa que pode gerar curiosidade no expectador da obra, produzindo lembranças de diferentes vanguardas europeias responsáveis por mover a narrativa ilógica.

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